Disse-me um passarinho aos ouvidos que JL marcou posição em relação ao Mustang logo numa das primeiras sessões de treino. A mensagem que o mister transmitiu terá sido algo do género: “…ficas a saber que não gosto de ti. Apenas ficas cá porque os adeptos te querem”
No dia seguinte JL entregou a braçadeira de capitão ao RQ7 – ignorando inclusive a habitual votação que é feita junto do grupo – e terá deixado o aviso: “agora faz merda que vou cair-te em cima!”
Agora que surgem rumores que o verniz estalou, chegando a especular-se que a direcção já procura colocação para o extremo português, parece-me que o plano do espanhol começa a ganhar forma. Julgo que o treinador nunca viu grande futuro no jogador, no que diz respeito ao ambiente e filosofia que quer impor e que tem vindo a reforçar nas suas mais recentes declarações:
“Jogadores com o cartel de Tello ou Adrian Lopez ainda não surgiram no onze (Adrian ainda nem sequer jogou). Como gerir essa situação? Lopetegui responde prontamente: «Quantos podem jogar de início? 11. Quantos jogadores tem o plantel do FC Porto? Pois, está respondido, não é?» ”
Não tenho nada contra Quaresma, no entanto penso que nenhum portista gostou da reação em Lille, não tanto pelo enfado por entrar com o jogo praticamente no fim, mas acima de tudo pela atitude (ou falta dela) em relação aos milhares de adeptos que marcaram presença em Franca, muitos deles fazendo vários kms para dar apoio à equipa por 90min. Um jogador que aufere um vencimento ao nível dos jogadores do Porto, com estatuto no clube e junto da massa adepta que tanto o acarinha, e com a responsabilidade acrescida por ter a braçadeira de capitão, tem que estar a um nível que Quaresma claramente não apresentou.
Esperemos que esta pequena novela seja rapidamente resolvida a bem do clube, mas penso que a bola está claramente do lado do jogador.
E agora Quaresma?